domingo, 15 de maio de 2011

Enquanto a Jools se diverte pelas Europas, eu vivo no cotidiano sem graça de trabalho/natação/casa/freela.
Para piorar o pagamento atrasou, o pânico me consumiu e eu fiquei mal em casa decidida a tentar seguir em frente no fim de semana. Tinha tudo pro Hell`s weekend do ano. Tinha festa, eu tinha cortesia, mas tava zerada e o carro na reserva e a festa era a só 35 km da minha casa.
Daí sábadão, meu cachorrinho tava passeando no parque e fez amizade com um vira-latinha de médio porte e toda a pinta de filhote. Uma doçura que arrematou meu coração com apenas um olhar.
Mas o meu dachshund ficou decidido a evitar o nosso romance. Basta o cachorro chegar perto de mim para ele gritar enlouquecido e avançar no pescoço do coitado. Depois ele tenta fazer sexo com o cachorro. É um caos.
Eu desesperada tentando ajudar o canino abandonado fui correndo para a net solicitar ajuda. No twitter procurei uma pessoa qu tá sempre falando no assunto, expliquei a situação e crente que ia receber uma luz de como proceder, recebi na realidade um tapa no cara, como quem diz: "vc só acha que quer ajudar, mas se vc não pode abrigar o cachorro desista". Dã! P da vida, eu segurei a raiva e só agradeci. (Aquele obrigada por nada básico passou pela minha cabeça, mas me segurei pois não acredito em troco na mesma moeda)
Resolvi então procurar na net. Achei um blog sobre cães e tinha um post com um título mais ou menos assim: "Achei um cachorro na rua e agora?"
Logo pensei que havia encontrado a solução pra me dar um rumo em como proceder com a situação! Lendo o post, já fiquei com o pé atrás pq parecia mais um desses "parem de me perguntar isso pelamordedeus". E era. Era um post que no fim queria dizer: parem de me fazer perguntas idiotas e se vcs querem ajudar se virem, não existe milagre.
Eu me senti ofendida lendo o post. Tipo, como assim, eu queria ajudar o cachorro e não tava disposta a colocar a saúde do meu cachorro em risco? Como assim eu não estava disposta a pegar um empréstimo e pagar um tratamento veterinário e uma castração para ele? Como assim eu não estava disposta a colocar ele na minha casa mesmo com o meu cachorro gritando por todos os cantos?
Perdendo o sono por um mix de tristeza, sentimento de culpa e raiva por levar a culpa de algo que simplesmente foge do meu controle, eu aguentei até o dia seguinte para ligar para uma velha amiga que tem um pet shop e costuma ajudar cãeszinhos como o meu novo amigo. E sabe o que ela me disse? Que eu já estava ajudando-o, desde o momento em que eu o dei atenção. Mais ainda quando eu descia até a praça para colocar água e comida pra ele. E que ela daria um banho de beleza nele por mim e ainda me ajudaria a providenciar uma castração e aí tiraríamos fotos dele para encontrar uma família pra ele.
Um jeito bem diferente de te dar um caminho, não?

sábado, 30 de abril de 2011

Alemanha

A Alemanha é linda!!! Muito mara!!
Foi lá que descobrimos o conceito de Azar Sortudo.
Voltei de lá surda e muda.
Aos poucos vou colocando os lugares que conhecemos.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mais sobre os italianos

Aqui na Residência as coisas estragam. Como em todo lugar no mundo. Então, chama-se uma pessoa para concertar. No caso, nós falamos com a pessoa da recepção para ela chamar alguém. Foi o que eu fiz.

Nós temos: uma persiana estragada, duas gavetas do armário quebradas e duas lâmpadas queimadas. A moça anotou o que precisava ser concertado e disse que uma pessoa apareceria em qualquer dia da semana e horário para concertar. E se não tiver ninguém no quarto, eles tem a chave para entrar. Sem saber o dia e horário que a pessoa viria, voltei para o quarto na expectativa da surpresa. Como é quase tudo aqui na Itália: “Buh!!! Hoje não vai ter ônibus! Te peguei!!”

Hoje pela manhã, quando ainda estávamos dormindo, a campainha tocou. De manhã? Mesmo? Na primeira hora do dia? Como a Nayara tinha ido dormir tarde, e eu acho que nem se a residência estivesse pegando fogo ela se levantaria, eu fui atender a porta com cabelo ainda com o formato do travesseiro.

Ok. Eles vieram arrumar mais rápido do que eu imaginava. Fui mostrar a persiana quebrada e enquanto abria a janela a Nayara fazia cara de “ pelo amor de deus o que é isso? Por que você está fazendo isso comigo?” e enquanto eu abria o cara olhava e ria do sofrimento dela.

Depois de arrumar o armário e a janela ele saiu para pegar a lâmpada. Fui testar a persiana e ela estava ‘concertada’ se movendo apenas 5mm para cima e para baixo. Estando na Itália, eu realmente pensei que o cara tinha achado que tinha concertado a persiana: “ela se move 5mm para cima e para baixo!! Ta reclamando de que, mulher?!!” Ao comentar que ainda estava estragada, ele disse: “ah, não se preocupa, o João Maria vem ai concertar. Ele é o único que sabe.” Ok, mas ele não ia me dizer isso?

E como sempre, quando eu disse que eram duas lâmpadas e ele tinha trazido só uma ele fez o tradicional: “Eh....” no sentido: “eh, vão se foderem, porque eu só trouxe só uma lâmpada.”

Aqui na Residência, eles lavam nossa roupa de cama e banho, não limpam o nosso quarto, nem quando a gente sai para outra pessoa entrar, mesmo que eles digam que limpam, a partir desse semestre não dão mais o papel higiênico, utensílios de cozinha nós que temos que comprar... ou seja, é um semi-enxoval pelo preço de uma casa vazia. Porém, San Miniato é linda!!

domingo, 3 de abril de 2011

San Gimignano, uma aventura

Dizem que quando um pombo faz cocô em você é sinal de boa sorte.

Ontem, nossas vizinhas croatas nos chamaram para fazer um passeio de bicicleta pela manhã em uma cidadesinha perto de Siena. Às 10h30 deveriamos estar na Piazza Gramisc para pegar o ônibus e encontrar os outros croatas.

O pessoal chegou bem atrasado e nós (dua brasileiras, duas croatas e um israelense) já estávamos meio putos de ter tido que acordar cedo e ficar esperando. Depois, descobrimos que o tal passeio de bicilcleta seria dentro de Siena. Acontece que Siena não é uma cidade para se andar de bicicleta uma vez que é cheia de subida e descida. Desistimos do passeio e para não perder tempo, resolvemos ir para San Gimignano.

San Gimigniano é uma cidade pequena que fica a 40km de Siena. Um dia é o suficiente para conhecer a cidade toda. As pessoas vão para ver a arquitetura, conhecer as torres, ver obras de arte sacra, tomar sorvete, beber vinho... Escher esteve por lá.

Depois do almoço, fomos tomar sorvete. Na saída da sorveteria, senti alguma coisa cair na minha cabeça. Ok. Um pombo cagou em mim! Foi nesse momento que as coisas começaram a ficar estranhas.

O ônibus de volta para Siena passaria as 17h10. Parada de ônibus lotada. Dentre as pessoas, um sujeito que fumava uma cigarro atrás do outro freneticamente COMENDO O FILTRO. Ok, contanto que esse doido não entre no mesmo ônibus que a gente... O ônibus chegou e todas as 500 pessoas na parada quiseram entrar, inclusive o doido.

Ônibus lotado e eu e Nayara planejando nossa fuga caso algo desse errado, uma vez que estávamos em pé ao lado da porta. Acontece que o ônibus não ia para Siena, mas para Poggibonsi. O porquê dessa escala eu realmente não sei. 2h horas de espera, todos com fome e cansados e nada do ônibus aparecer. Finalmente um homem que trabalhava na estação foi nos avisar que tinha acontecido um acidente na estrada e o ônibus se atrasaria, mas já estava chegando. Como bom italiano, virou as costas e foi embora sem dar mais explicações. Dizendo apenas um: “É...” no sentindo de: “vocês se deram muito mal e o problema não é meu!”. Para nosso divertimento, duas garotas de 12 anos começaram a brigar no meio da gangue de pirras, ao estilo Jenny from the block. Esperamos mais 40 minutos até que finalmente decidimos pegar o trem. Chegamos em San Miniato, o bairro em que moramos, 20h50. 10 minutos antes do RU fechar. Para nossa alegria, conseguimos comer depois de um dia muito intenso.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Porque a forma como se pega ônibus define o caráter de uma nação.

Aqui funciona assim: você compra um bilhete na Tabacheria para pegar o ônibus; entra no ônibus; timbra o bilhete com o horário e dia; chega em casa feliz.

Não existe cobrador. Você pode tanto comprar ou não comprar o bilhete. Em alguns dias e horários aparece a fiscalização para cobrar o bilhete timbrado. Ou seja, para os espertos, você pode andar de graça por toda a eternidade.

O raciocínio de alguns é o seguinte: quase nunca tem fiscalização. Se eu for pego, essa multa de 15 vai pra onde? Para minha casa no Brasil? Na Espanha? Então, vou andar de graça feliz!!! Berlusconi way of thinking.....

Aqui é muito fácil ir para o lado negro da Força porque simplesmente o roubo de coisas pequenas é legalizado. Ou seja, tudo bem não pagar pelo bilhete de ônibus roubar comida e utensílios do Restaurante Universitário, mas roubar milhões do povo italiano, ah, isso sim é crime. Aí, o preço dos serviços prestados sobe para que todos paguem pelo que foi roubado. Aí as pessoas roubam porque já estão pagando por isso mesmo. Aí o preço sobe.... entenderam?

E aí se forma uma nação!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Vips


Olha, podem falar que não, mas eu vi uma semelhança forte entre "Vips" e "Catch me if you can".
Vou assistir para ver se parece mesmo.

 
 

Vips


Catch me if you can



Comentário do diretor, Toniko Melo, sobre a semelhança dos dois filmes.

domingo, 20 de março de 2011

Em Siena

Hoje a Nadine (nossa amiga italiana/alemã) nos chamou para almoçar na casa dela. A Nayara estava curtindo uma preguicinha hoje e acabou não indo.

O dia estava lindo. Fez sol, não estava tão frio (lê-se: fazia uns 12˚).


A Nadine fez um almoço muito gostoso. Macarrão com camarão!

Depois saímos a toa por Siena e desobrimos um monte de lugar legal. Conhecemos a Basilica de San Domenico e a Fontebranda, uma das fontes de Siena que foi construída em 1246 e era uma das formas de abastecer a cidade com água.

Ontem nós fosmos na OVS, uma loja de departamento italiana. Siena quase não tem loja. Tudo aqui é bem caro porque é uma cidade turística. Basta sair do centro, de dentro do muro, para as coisas começarem a ficar mais baratas. Como a loja abriu ontem, não deu para ver muita coisa porque estava LOTADA (como Siena é micro, não tem quase nada para fazer aqui. Aí abre uma loja nova e vira a sensação do verão!!) As roupas são bem diferentes e relativamente baratas. Depois que deixar de ser novidade, eu volto lá.